sábado, 31 de dezembro de 2011

Um Ano pra ficar na história "2011"


Um Ano pra ficar na história esse foi "2011"
um Ano de crescimento sem medidas pra mim em todas as áreas.
Há muito pra comemorar Graças a Deus!

Faltam exatamente 55 Min então eu vou listar pra cada um minuto que resta uma benção recebida em 2011.

23:05 - Finalmente tirei minha carteira de habiltação rs "Festa"
23:06 - Voltei pra Faculdade no Segundo Semestre  "Produção Publicitária" Agora vai!
23:07 - Família Reunida Meu irmão voltou da França rs
23:08 - Em compensação minha irmã Jackeline foi passar um Período na França Também
23:09 - Agradecer pelas 3 Edições que lançamos da Revista Acesso Gospel em 2011
23:10 - Nasceu a LiveCom Assessoria e Mkt uma empresa que está mudando radicalmente a minha vida e minha rotina.
23:11-  A Banda Thape Fez mais 1 aniversário comemoramos 3 anos juntos e abençoados.
23:12 - Saúde toda a Família
23:13 - Viagem pra Expocristã 2011 - SP
23:14 - Viagem pra BH
23:15:  Viagem para o Troféu Promessas no Rio de Janeiro
23:16: Aniversário de Casamento dos meus pais
23:17 Pelos amigos que eu fiz em 2011 ( Cleo, Bia, Raquel e familys Santinis, Leo Brandao, Rafas e muitos outros) Love Vocês
23:18  Agradecer a Deus pela vida da Minha Sócia querida você é parte de um grande sonho e mais que isso você colabora para que os meus sonhos se realizem. "Forever Friends"
23:19 Pelas minhas composições
23:20 Rio Solidário
23:21 Por todo o trabalho e sucesso alcançado em 2011
23:22 Pelas bençãos recebidas em momento oportunos e de grande clamor
23:23 Por cada show ou ministração da Thape
23:23 Por todas as canções novas e lindas
23:24 Pelo sobrinho que a cada dia fica mais lindo
23:25 Pelo Natal Maravilhoso em Família
23:26 Pelas férias que eu não tive esse ano vem 2012 pra isso também!
23:27 Pelos 2 e meio trabalhando duro na @acessogospel
23:28 Pela vida, pelo ar, pelos animais "Diduh e Shaggy" Love vcs, familiares, saúde, paz, trabalho e tudo mais que precisei em todo o tempo.
23:29 Pela arte que me faz viver!
23:30 Pelos filmes da Vida
23:31 Pelos irmãos e pela Igreja do Senhor!
23:32 Por todo aprendizado
23:33 Por todo desenvolvimento
23:34 Por todos os medos superados
23:35 Pelo Champion de cada dia! uhauhauhaha
23:36 Pelos Shoppings da Vida rs
23:37 Por toda delícia que eu comi e pelos Kilinhos a mais que eu ganhei agora sai tudo em 2012. rs
23:38 Pelas contas pagas rs
23:39 Pela presença de Deus em nós
23:40 Pelos bons momento jogando banco imobiliário
23:41 Pelos passeis de carros
23:42 Pelas longas conversas com os amigos
23:43 Por cada festa
23:44 Por cada momento difícil superado
23:45 Pela vida dos meus manos "Paulo, Jacka, Tulio, Pedro, Mickael, Mickelly" Amo vcs
23:46 Pelas decisões certas
23:47 Por aprender através dos erros
23:48 Pelas brigas
23:49 Pela Paz!
23:50 Pelas derrotas
23:51 Pelas Vitórias
23:52 Pelo Novo
23:53 Por confiar em Deus em todo o tempo
23:54 Pela proteção de Deus
23:55 Sabedoria dos céus
23:56 Pela proteção
23:57 Por todas as pessoas que passou na minha vida em 2011
23:58 Pelos quase "amores" Uma  hora dá certo! uhauhauhahua
23:59 Pela esperança de viver dias Melhores!
00:00 Vida Nova! Ano Novo Muitas e  Muitas horas pra viver Tudo outra vez!

Que venha 2012!
Feliz 2012
Tudo de melhor pra mim e pra vc!





quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Criatividade e Poesia na Música. Com boa vontade e leitura dá pra mudar



Entre meus gostos musicais, além de uma refinada MPB, há um espaço de destaque para a autêntica música de raiz brasileira, que também conhecemos como “música caipira”. Entre os seus mais proeminentes representantes, holofotes direcionados para Rolando Boldrim, Almir Sater e Renato Teixeira. E lendo uma revista de bordo que me deliciei com a entrevista de Renato Teixeira contando um pouco mais de sua vida, experiências, composições e sua visão da atual realidade da música brasileira.
Entre tantas respostas interessantes, pincei duas partes para servir como mote do nosso texto de hoje. A entrevista foi concedida ao jornalista Bruno Hoffman.
BH – O que te move a compor?
Como dizia antes, eu faço canção sobre pessoas. O que me impressiona quando vou para Aparecida do Norte, por exemplo, não são as igrejas, a estética, a parte arquitetônica. É a pureza dos romeiros. Se você olha nos olhos dos romeiros, é possível enxergar a alma. Romaria, talvez meu maior sucesso, não é uma canção para a santa, é uma canção para o romeiro. E se tornou uma espécie de canção manifesto, como se eu dissesse: “A música caipira agora é assim, esse é o jeito mais viável”. É uma música caipira que poderia ser gravada pela Elis Regina, por exemplo. Foi um antropofagismo. Pegar a música caipira, pegar a MPB, misturar e extrair o que é importante, respeitando a ética e os valores caipiras.
BH – Como a música surgiu, em que você se inspirou?
Na época em que compus, lá por 1973, eu estava muito ligado em poesia concreta. Estava apaixonado pela obra de Décio Pignatari, Augusto de Campos, todo aquele pessoal que desenhava com palavras. E comecei a compor a canção para usar um pouco a experiência que estava tendo. É de sonho e de pó/O destino de um só … Nunca imaginei que faria sucesso, justamente pela carga intelectual colocada, pela sofisticação. Embora ache que poesia concreta seja a mais popular, não é fácil entender. Uma coisa engraçada que, quando terminei a letra, não sabia o que colocar após o Como não sei rezar/Só queria mostrar/Meu olhar … E o que mais? Pensei em tudo para terminar a música: meu sentir, meu sofrer, meu pensar. E não vinham as palavras certas. Durante uns quatro meses cantei a música sem o fim. Até que percebi que o melhor era repetir o “meu olhar”: Meu olhar, meu olhar, meu olhar … No mesmo dia que terminei a música, um amigo perguntou se eu tinha algo novo, e toquei Romaria. Quando terminei, ele estava completamente aos prantos, me beijou a testa e perguntou: “Você tem noção do que fez?”. Eu não tinha. A música ficou uns três anos na gaveta, até Elis gravar. Foi sucesso instantâneo. Um dia andava pela rua e ouvi alguém assobiar Romaria. Foi nessa hora que saquei que a música havia se tornado um sucesso.
Sinceramente? Relendo e digitando essas respostas, me vem à mente uma pergunta simples: preciso fazer mais algum comentário a respeito? Verdadeiramente creio que não preciso falar mais nada! É tão clara a mensagem de Renato Teixeira sobre a sua relação com a palavra, com a música, com o ser humano, que me constranjo de falar mais qualquer coisa!

Mas vou resistir ao meu bom senso e vou tentar tecer ainda mais alguns comentários sobre o que acabamos de conferir. O Observatório Cristão caracteriza-se por trazer um olhar diferenciado sobre os acontecimentos à nossa volta. E aproveitando essa entrevista, gostaria de comentar sobre a qualidade das composições no meio gospel. Já falei sobre esse mesmo tema pelo menos umas 3 a 4 outras vezes aqui mesmo no blog, mas creio que não é demais voltarmos a este assunto, tentando trazer mais algum aspecto novo.
Se você é compositor de música gospel, acho que você deveria perguntar-se também sobre o que te move a compor. Como todos sabem, trabalho com música há muitos e muitos anos, então posso sentir-me à vontade para fazer esse tipo de comentário: grande parte dos compositores do cenário gospel não sabe o motivo que os leva a compor! Sim, é isso mesmo! E quando falo de motivo para compor, digo um motivo nobre, ideal, não simplesmente proporcionar o sustento de sua família ou alimentar seu próprio ego ao ver uma cantora TOP gravando sua canção.
Renato Teixeira afirma que o motivo dele compor são as pessoas. Será que em nosso caso também não devesse ser este o motivo principal? Sim, afinal quando falamos de Deus e de seu amor, suas misericórdias e todas as promessas dEle, estamos falando para o ser humano, ou seja, tratamos sempre de pessoas. Agora, porque ainda somos tão restritos e restritivos no espectro de assuntos quando se trata de composição no mundo gospel? Confesso que existem certas canções que já na primeira estrofe, tenho plena noção por onde o compositor irá seguir. A música gospel brasileira precisa ser sacudida por um vento de criatividade!  Mas para isso, os compositores precisam buscar novas fontes. Ressalte-se que não são novas fontes de inspiração, pois a Bíblia e a mensagem cristã são fontes inesgotáveis de temas, mas quando digo “novas fontes” quero dizer caminhos criativos da palavra. O exercício de composição deve ser encarado como uma atividade em busca da perfeição e não da repetição de chavões ou simples rimas.
Lidar com a palavra é muito mais do encaixá-la na métrica de uma melodia. É uma briga constante na busca da sinergia perfeita entre forma e conceito. Constantemente me assusto com textos e mensagens publicadas na web. Não sou um purista da língua de Camões, mas confesso que acho inadmissível uma pessoa escrever de forma errada. Sei que o Brasil é um país com terríveis falhas no processo educacional, mas também sei que hoje em dia há inúmeras oportunidades para o crescimento intelectual e aperfeiçoamento. Quando vejo um compositor consagrado no meio gospel escrevendo como se fosse um dialeto zulu, realmente entro em pânico. Afinal, se o compositor vive da palavra, como pode desconhecer justamente o seu instrumento básico de trabalho? Se fosse fazer uma pesquisa com alguns dos principais compositores do meio gospel sobre hábitos de leitura, não me arrisco a dizer que muitos diriam que não leram um único livro nos últimos anos.
Só para ilustrar a importância da leitura para o processo de composição, recordo-me que o Pr. Marcus Gregório praticamente obrigava os integrantes do Ministério Toque no Altar a lerem exaustivamente diversos livros por ano. Não por coincidência, algumas das mais belas e criativas canções do cenário gospel nos últimos anos surgiram da lavra de gente como Luiz Arcanjo, Ronald Fonseca e Davi Sacer.
Voltando à entrevista, na segunda resposta, o que me chamou muito a atenção foi a reação do amigo de Renato Teixeira ao ouvir Romaria. Ele relata: “Quando terminei, ele estava completamente aos prantos, me beijou a testa e perguntou: Você tem noção do que fez?”  Pois bem, esse tipo de reação tenho até hoje quando ouço essa canção, mesmo se tratando de uma referência à fé de um romeiro em relação à santa. Isso independe! O que me emociona é perceber todo o cenário que a música descreve. É tão claro e real, que é impossível ouvir essa canção sem emocionar-me. E é justamente essa emoção que sinto falta em grande parte das músicas que ouço nas rádios de programação evangélica pelo país.
Não quero ser o Pedro de Lara do gospel (aquele dos jurados do Chacrinha e depois do Silvio Santos, os mais velhos lembrarão dele) sempre reclamando de tudo, mas também não dá para ser a Alice no País das Maravilhas achando que tudo que estamos produzindo no meio gospel é divino, maravilhoso! Longe disso! Verdadeiramente sinto falta de criatividade e de poesia na música gospel produzida em nosso país! E mais uma vez, repito e reafirmo, poesia e criatividade são adquiridos através de leitura e experiência de vida. Diferente disso, teremos sempre letras pobres, conceitos vazios, referências repetidas e mais do mesmo!
Por que sempre que queremos destacar algum compositor evangélico “poético” nos referimos à Janires, João Alexandre, Sérgio Lopes e mais uns 5 ou 6 compositores somente? Precisamos de mais poesia. Precisamos de compositores mais criativos. Precisamos de profissionais ousados entre as gravadoras para identificar qualidade no diferente. Precisamos de programadores de rádios evangélicas dispostos a sair do padrão. Precisamos de poesia. Precisamos de criatividade. Precisamos focar em pessoas. Precisamos de ideais renovados. Precisamos de uma música gospel genuinamente de qualidade. Precisamos mudar. Que tal esse processo começar hoje mesmo? Vamos investir na leitura?
Fonte: Maurício Soares  http://www.observatoriocristao.com